Tecnologia vai criar 7500 novos empregos em Portugal
O mercado das Tecnologias de Informação (TI) deverá criar em Portugal 7.500 novos empregos tecnológicos e 400 novas empresas nos próximos quatro anos, prevê um estudo da consultora International Data Corporation (IDC), a que a Lusa teve acesso.
Só o universo da Microsoft, que inclui cerca de 4000 empresas locais, «vai investir 526 milhões até 2013 no país e gerar 1,6 mil milhões de euros em receitas próprias», acrescenta o estudo, que mede as contribuições da indústria das TI para as economias locais nos 52 países onde a Microsoft opera, entre os quais Portugal.
O estudo avança que, por cada euro gerado pela Microsoft em 2009, as empresas locais neste âmbito vão gerar 10,53 euros.
O ecossistema da Microsoft integra empresas locais que desenvolvem e/ou comercializam produtos que são executados em conjunto com ou em software da Microsoft, ou que prestam serviços e distribuem software da Microsoft. As empresas locais empregam 9.000 pessoas e as organizações utilizadoras das TI 35.000 profissionais de tecnologia, o que em conjunto corresponde a 45 por cento do emprego total nas TI em 2009.
Quanto à evolução do emprego tecnológico, o estudo frisa que representa um «crescimento médio positivo de 1,5 por cento positivo ao ano até 2013», enquanto o «emprego total irá previsivelmente contrair e evoluir negativamente nestes próximos quatro anos».
Já as novas empresas corresponderão na maior parte «a pequenas organizações de capital local», sendo os empregos «altamente qualificados e especializados».
No que diz respeito à despesa em TI, o estudo calcula que «irá chegar aos 3,8 mil milhões de euros em 2009» e prevê «um crescimento de 2,8 por cento ao ano», uma tendência que «crescerá ao inverso do PIB» que deverá contrair-se -0,2 por cento ao ano.
Também as actividades relacionadas com as TI vão gerar 1,5 mil milhões de euros em impostos em 2009, num total de 320 milhões de euros líquidos agregados só de novos impostos.
O novo paradigma da nuvem computacional ('Cloud Computing'), que agrega serviços baseados na Web com formas mais tradicionais de gestão da informação e representa actualmente um por cento dos gastos com tecnologia em Portugal, «vai triplicar anualmente até 2013 num potencial de mais de 2,4 mil milhões de euros em contribuição de negócio novo para a economia nacional», antecipa ainda o estudo.
Segundo a directora-geral da Microsoft, Claudia Goya, «uma conclusão essencial deste estudo é que na retoma económica - que já se começa a fazer sentir - as tecnologias inovadoras desempenham um papel vital na promoção de ganhos de produtividade e no incentivo à criação de empresas locais e de empregos altamente especializados».
«Os países que promovam a inovação e o investimento no desenvolvimento de infra-estruturas, educação e competências dos seus cidadãos terão uma maior vantagem competitiva no mercado global», sublinha.
In Diário Digital / Lusa