Nova lei reduz pensão média de 2030 em 20%

Estudo do Banco de Portugal
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A reforma dos sistemas geral e público de Segurança Social feita pelo Governo durante o ano passado vai reduzir em cerca de 20 por cento o valor médio das pensões recebidas pelos portugueses dentro de 23 anos, no ano de 2030.
De acordo com um estudo sobre a sustentabilidade do sistema de Segurança Social publicado ontem pelo Banco de Portugal na sua página de Internet, se a reforma não tivesse sido posta em prática, a pensão média de velhice situar-se-ia, em 2030, num valor equivalente a 144% do salário mínimo nacional (em 2005 esse valor situou-se nos 118,8%), noticia o «Público».

 

No entanto, com a nova lei, o cenário é completamente diferente, seja qual for a reacção dos beneficiários do sistema à aplicação do factor de sustentabilidade (que dá a opção de, perante o aumento da esperança de vida, trabalhar mais para receber uma pensão mais alta, ou ficar sujeito a uma penalização financeira).

Assim, num cenário em que todos decidiam trabalhar mais, a pensão média ficará ainda assim a valer apenas 119,2% do SMN. Se a opção for pela penalização financeira, a pensão média ficará pelos 110,1 por cento. Estes valores representam, face ao montante que seria distribuído, caso não tivessem sido aplicadas quaisquer medidas, uma redução de 17,2 e 23,5%, respectivamente.

Esta redução das pensões face a um cenário sem realização das alterações à lei, começa a fazer-se sentir logo a partir de 2010 e vai acentuando o seu impacto ao longo dos anos. Em 2010, o corte no valor médio das pensões está situado entre três e 3,1%, enquanto, em 2080, a redução é de 27,9 a 41%. Estas contas foram feitas em conjunto para os beneficiários do sistema geral da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações (CGA).

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in: Agência Financeira, 17maio07

publicado por AEDA às 10:27 link do post | favorito