Função Pública de novo em greve
Dois dias de paralisação devem afectar sectores da Saúde, Educação e autarquias locais
Vão ser dois dias muito confusos e complicados para os cidadãos. A Função Pública decretou uma greve geral para quinta e sexta-feira. Vários serviços vão ficar praticamente paralisados.
Os efeitos da greve devem começar a sentir-se em pelo menos duas situações: nos serviços de recolha de lixo que se faz a partir do início da madrugada - e, também nos hospitais.
Os três sectores mais afectados devem ser mesmo o da Saúde, Educação e as autarquias locais.
Saúde
O pessoal auxiliar e os enfermeiros costumam aderir de forma significativa às greves marcadas pelos sindicatos, sendo que a ausência destes funcionários provoca grandes alterações na rotina hospitalar.
As consultas e as cirurgias vão ser afectadas. Mas estão garantidas as urgências, em hospitais e centros de saúde.
Os internamentos e os doentes em cuidados continuados não vão sofrer os efeitos da greve porque estão incluídos nos chamados serviços mínimos.
Os médicos também se vão juntar a este protesto, mas como estão afastados do trabalho por turnos, só na manhã desta quinta-feira é que se vão perceber as consequências.
Educação
Além dos professores, também se juntam à greve os funcionários auxiliares das universidades, escolas e infantários: haverá falta de aulas, escolas encerradas e alunos na rua.
Muitas famílias têm de encontrar uma solução alternativa para deixar os filhos em segurança durante um dia inteiro.
Justiça
O funcionamento dos tribunais também vai ser afectado. Com a paralisação dos funcionários judiciais fica reduzida a actividade regular das secretarias.
Os magistrados não podem contar com o apoio que necessitam nas salas de audiência e, por isso, muitos julgamentos poderão estar comprometidos.
Os juízes e os magistrados do Ministério Público não aderem ao protesto.
Os serviços mínimos incluem casos em que está em causa a liberdade das pessoas ou menores em risco.
Serviços
Além dos casos referidos poderão também ser afectadas as lojas do cidadão, que ficam com a capacidade de resposta reduzida, as repartições de Finanças, que fecham na maior parte dos casos, os serviços de notariado, o funcionamento das alfândegas e dos bombeiros profissionais.
Os transportes estão excluídos deste protesto. A execpção é a Soflusa: a empresa que garante as ligações fluviais entre o Barreiro e o Terreiro do Paço, em Lisboa.
Com Lusa
SIC.sapo.pt _ 08-11-2006 21:08